A tragédia de Capitólio

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mapeamento com drones - o método simples que teria evitado a tragédia de capitólio
Marilia Abrão Zeni – 10.01.2022

Seria possível evitar que o tombamento em Capitólio acontecesse? A resposta para essa questão é na verdade uma pergunta: Será que vale a pena evitar que um maciço rochoso em uma região turística de elevado grau de preservação ambiental se movimente?
É bem provável que o movimento de tombamento realizado pelo maciço rochoso em capitólio pudesse ser minimizado ou até mesmo evitado, porém esta obra poderia reduzir o potencial turístico da região ou até mesmo ser economicamente inviável.
Se em alguns casos não podemos, ou não devemos, lutar contra as forças da natureza, então como evitar tragédias como a de capitólio? A resposta é simples: realizando constantes mapeamentos para acompanhar o atual fator de segurança apresentado por determinada área, desta forma viabilizando o turismo em momentos e locais onde o fator de segurança se apresenta aceitável enquanto se restringe o acesso a áreas que ainda não são consideradas seguras.
Mas como realizar repetidos mapeamentos em uma área de risco, que sequer pode ser acessada por um ser humano? Com o emprego da técnica do mapeamento remoto de taludes em rocha.
Essa técnica permite que mesmo com o uso de drones comerciais acessíveis, equipados com câmeras convencionais, possamos detectar com precisão e acurácia milimétrica, os planos e as descontinuidades do maciço rochoso, e tudo isso com um número infinitamente maior de informações quando comparado com métodos convencionais de mapeamento.
Essa técnica, apesar de ser relativamente “nova”, já é uma velha conhecida da indústria da mineração, e hoje é a responsável por maximizar os lucros operacionais na mineração assim como uma grande aliada dos geotécnicos na área de segurança, salvando a vida dos trabalhadores na linha de frente e evitando que o geotécnico se exponha a riscos desnecessários.

Formada em 2012 em Engenharia de Minas, passou por experiências internacionais na área de geotecnia. É Mestre e Doutora em Engenharia pela UFRGS e Especialista em Engenharia de Barragens pela PUC Minas. Atualmente cursa a Especialização Internacional em Geotecnia Avançada do ITV.